Dólar: tudo o que você precisa saber
Se você já conferiu a nota de um produto importado ou se preocupou com o preço da gasolina, já sentiu o efeito do dólar no seu bolso. Mas o que realmente determina essa moeda e como você pode se preparar para as oscilações? Vamos explicar de forma simples e direta, sem enrolação.
O que influencia a cotação do dólar?
Primeiro, vale lembrar que o dólar não nasce em um vácuo. Ele reage a três grupos principais de fatores: economia internacional, política interna dos EUA e acontecimentos no Brasil.
Na esfera global, indicadores como taxa de juros dos EUA, índice de preços ao consumidor (inflation) e o nível de confiança dos investidores são decisivos. Quando o Federal Reserve (Banco Central dos EUA) eleva os juros, o dólar costuma subir porque atrai mais capital estrangeiro.
Em casa, a política fiscal e monetária brasileira também mexe com a taxa de câmbio. Se o Banco Central aumenta a taxa Selic, o real pode se valorizar, reduzindo a cotação do dólar. Por outro lado, déficits em conta corrente ou crises políticas aumentam a incerteza e puxam o dólar para cima.
Por fim, eventos inesperados – como pandemias, desastres naturais ou conflitos geopolíticos – criam um efeito de “refúgio”. Investidores fogam de ativos mais arriscados e buscam o dólar como porto seguro, o que eleva o preço da moeda.
Dicas práticas para lidar com a variação do dólar
Agora que você já sabe o que faz o dólar subir ou descer, veja como proteger seu orçamento:
- Planeje compras internacionais com antecedência. Se sabe que vai viajar ou comprar um produto importado, acompanhe a cotação por uma semana e escolha o dia de melhor preço.
- Use cartões que oferecem conversão sem tarifa. Muitos bancos cobram 6% a 8% de IOF em transações no exterior. Cartões que pagam a cotação real do dia podem economizar bastante.
- Invista em ativos atrelados ao dólar. Aplicações como fundos cambiais ou títulos do Tesouro Direto atrelados ao dólar ajudam a garantir parte do seu patrimônio contra a desvalorização do real.
- Fique de olho nas notícias de política fiscal. Alterações na taxa Selic ou em políticas de exportação costumam refletir rapidamente na cotação.
- Considere compras em reais quando o dólar estiver alto. Produtos nacionais podem ficar mais competitivos, então vale comparar preços antes de decidir.
Além disso, mantenha um pequeno fundo de emergência em moeda estrangeira se você tem renda atrelada a exportações ou viagens frequentes. Isso cria uma camada de segurança para momentos de alta inesperada.
Em resumo, o dólar é influenciado por fatores globais, nacionais e por eventos inesperados. Entender esses gatilhos e adotar hábitos simples – como monitorar a cotação, escolher bem os cartões e diversificar investimentos – pode reduzir o impacto das variações cambiais no seu dia a dia. Continue acompanhando a página de notícias do A Tarde PMG para ficar por dentro das atualizações de mercado e das dicas que ajudam seu bolso a respirar melhor.
Lula promete ações para conter alta do dólar e critica gestão econômica de Bolsonaro
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que tomará medidas para conter a alta do dólar, que considera 'anormal'. Durante reunião com o PT em São Paulo, Lula criticou a política econômica do governo Bolsonaro e a decisão do Banco Central de aumentar os juros. Ele alertou que a alta do dólar prejudica a economia e defendeu uma nova política econômica focada no desenvolvimento e criação de empregos.